Formação e Adoção: Como garantir sucesso na implementação de um ERP

Implementar um ERP é muito mais do que instalar um sistema informático. É uma mudança de fundo na forma como a organização opera, comunica e toma decisões. No entanto, essa transformação não depende apenas da qualidade da tecnologia — depende, acima de tudo, das pessoas. 

Estudos de referência, como os conduzidos pela Prosci, mostram que até 70% dos projectos ERP falham ou ficam aquém das expectativas devido à resistência à mudança e à fraca adopção por parte dos utilizadores. Não por questões técnicas. 

Por isso, uma implementação bem-sucedida começa sempre por aqui: garantir que o novo sistema é compreendido, aceite e utilizado com confiança pelas equipas. 

A formação não pode ser genérica 

Cada utilizador tem um papel específico. A formação, por isso, deve ser ajustada à realidade de cada função. 

Mais do que “dar a conhecer o sistema”, importa capacitar para tarefas concretas, com base nos fluxos reais da empresa. Isso significa que a formação deve ser: 

  • Relevante: orientada para a operação diária, com exemplos práticos; 
  • Segmentada: por perfil funcional (financeiro, comercial, direção, etc.); 
  • Aplicada: com exercícios baseados em situações reais e problemas típicos;
  • Contínua: com reforços periódicos, ajustados às evoluções da plataforma. 

Um bom plano de formação reduz drasticamente erros, aumenta a confiança e acelera a transição para o novo sistema. 

Os riscos de uma adopção mal gerida 

Quando não existe um plano claro de adoção, os riscos são reais: 

  • Resistência interna e sabotagem silenciosa à mudança; 
  • Subutilização de funcionalidades com alto potencial de produtividade; 
  • Erros operacionais nos primeiros meses, com impacto na confiança; 
  • Frustração generalizada e sentimento de “desperdício de investimento”. 

Ou seja: o ERP até pode estar tecnicamente bem implementado. Mas, se não for usado de forma eficaz, não gera retorno. 

Ciclo de adoção: as quatro etapas essenciais 

Uma estratégia de adoção eficaz deve ser encarada como um ciclo — não como um momento isolado. 

1. Diagnóstico inicial 

  • Levantamento de perfis e fluxos de trabalho por área; 
  • Identificação de resistências, dúvidas e expectativas; 
  • Definição de objectivos e KPIs de adoção. 

2. Formação segmentada e contextualizada 

  • Sessões ajustadas ao nível técnico de cada utilizador; 
  • Casos práticos, simulações e manuais adaptados; 
  • Checklists operacionais e FAQs de apoio contínuo. 

3. Acompanhamento no terreno (pós-go-live) 

  • Sessões de reforço com base no uso real do sistema; 
  • Correção de erros e desalinhamentos nos processos; 
  • Feedback activo e iteração com as equipas. 

4. Formação contínua e evolução 

  • Atualização de conhecimentos com novas versões; 
  • Relatórios de KPIs de utilização por departamento. 
  • Workshops para utilizadores avançados ou novas áreas; 

A formação como fator estratégico 

Empresas que investem verdadeiramente na capacitação colhem benefícios imediatos e sustentados: 

  • Equipas mais autónomas e seguras na utilização do sistema; 
  • Redução significativa de erros e retrabalho; 
  • Aceleração na geração de informação para decisões; 
  • Maior colaboração e partilha de dados entre departamentos. 

Formar não é um custo — é um investimento na maturidade digital da organização. 

O papel do parceiro de implementação 

Formar não é entregar manuais. Um parceiro de ERP deve assumir um papel ativo e integrado no processo de adoção: 

  • Conhecer a realidade operacional da empresa, por dentro; 
  • Falar a linguagem das equipas, com empatia e proximidade; 
  • Estar presente no pós-implementação com sessões práticas; 
  • Agir como conselheiro funcional e tecnológico no dia a dia. 

Na Bubblevel, acreditamos que a formação deve ser feita à medida — como um fato bem cortado — e não com soluções “chave-na-mão” iguais para todos. 

Conclusão 

A transformação digital só acontece quando as pessoas se apropriam da tecnologia. Um ERP não traz valor por si só — é o seu uso consciente e eficaz que transforma uma empresa. 

Um plano de formação estruturado, com acompanhamento próximo e personalizado, é o que separa empresas que simplesmente “têm um ERP” daquelas que crescem com um ERP

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